Para um trabalho escolar, li um livro pelo qual é muito interessante. O livro conta a história de um homem chamado Quincas Borba que era um filósofo que criou o Humanitismo, acaba falecendo e deixa toda a sua herança ao seu grande amigo Rubião no qual era professor, mas quando Quincas estava doente foi praticamente seu enfermeiro particular por estar toda hora ao seu lado. Logo após a morte de Quincas, Rubião ganha toda a herança do amigo, pois a herança ficaria para o cachorro -que tambem herdara o nome do dono- e ele iria ter que cuidar do animal. Rubião com sua vida nova começa a morar na Corte no Rio de Janeiro e conhece novas pessoas. Mas acaba sendo traído pelo casal Palha e Sofia, pois gastaram o seu dinheiro. Rubião morre pobre e doente. Já muito afetado pela doença na sua cidade natal, relembra parte de uma explicação que lhe foi dada por Quincas Borba, e que ele adorou, dizendo: "ao vencedor, as batatas!" em uma explicação sobre o humanitismo. Onde ele viu que gastou todo o seu dinheiro em vão e que deveria ter gasto com responsadilidade e sem perder.
Agora um trecho que eu adorei no livro: "– Não há morte. O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode determinar a supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão de uma é a condição da sobrevivência de outra, e a destruição não atinge o princípio universal e comum. Daí o caráter conservador e benéfico da guerra. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas."